sábado, 2 de outubro de 2010

Sobre quem sou

Tudo o que sou é o que sobre mim escrevo
portanto, sou fruto da minha própria pena,
da tinta e do reflexo de uma face serena
protagonista da história da qual sou autor.

Se quero, sou bravo, guerreiro, gentil e forte
firme sigo, sem nem mesmo temer a morte
mas em uma linha eu me acalmo numa brisa
somente trocando o verso de minha divisa

Tudo o que sou é o que quero de fato ser
sou eu quem conta a verdade sobre mim
por tudo isto, posso, num sorriso, imaginar
que eu sou a mentira que eu quiser contar.

Os amores são como castelos

Os amores são construídos como castelos, numa fagulha de quase-sonho, vem a inspiração e pedra a pedra se constrói. Quem não guarda tanta fé, constrói na areia e espera que o fim de tarde e o sabor da maré o carregue para si, deixando na memória apenas aquela imagem... linda.

Há quem tenha fé, e sue, colocando pedra após pedra e erguendo-o como a construção de uma vida. De fato, o amor é a construção de uma vida, e não está errado se cuidar de fazer uma bela construção, mas por que tão grande, se é tão íntimo? E se tão grande, como cuidar? Como não deixar que cada parte desta construção tão grande não seja entregue a ferrugem ou ao esquecimento.

Os amores são como castelos, e quantos não foram os castelos invadidos, pilhados e destruídos, embora fique a construção, por dentro apenas a memória das glórias ou o pensamento do que se poderia ter sido. Há quem reconstrua por dentro os seus castelos e alcance glória maior. Há quem parta, e vire um vadio ou um campones.

Que o nosso amor seja do tamanho que precisarmos para viver.